Sem grandes custos e sujeira, veja como é possível separar ambientes e criar novos espaços para a sua casa
Há quem reclame de ambientes pequenos e paredes demais, que sufocam. Mas existem também aqueles que padecem de um problema oposto: espaços muito amplos ou ainda com pouca divisão. As desvantagens, nestes casos, são a falta de privacidade e a pouca sensação de aconchego.
Por isso, o coordenador do curso de design de interiores da Escola Panamericana de Artes Eduardo Rodrigues relembra-nos das possíveis e mais simples ações para que um quarto, sala e cozinha passe a ter suas funções bem definidas. “A intenção é dividir os ambientes, já que cada um se destina a um uso diferente”, justifica.
- Um lugar para comer, outro para conversar, mais um separado para cozinhar e, talvez o mais importante e bem delimitado para dormir e descansar. “Não há uma fórmula que indique como fazer a divisão corretamente; cada usuário tem que avaliar as particularidades de seu imóvel, e suas necessidades próprias”, diz Eduardo.
- Móveis são os grandes parceiros na divisão de ambientes. Um sofá pode ser o limite entre a sala de estar e a de jantar. “As costas do sofá marcam a separação entre as salas”, explica. Vale ainda lançar mão de qualquer tipo de armário, baixos ou altos, prateleiras de livros e estantes decoradas, vazadas ou modulares.
- Elegante e discreta, uma mudança no revestimento do piso determina que a partir dali, a função é outra. Essa técnica é bastante aplicada em lofts, para separar a cozinha americana da sala de estar ou jantar. “Nesse caso não há uma barreira física, ou parede, entre os ambientes; o piso pode combinar madeira com cerâmica, pedra ou porcelanato”, exemplifica. Outra ideia é criar a divisão por meio do forro. A diferenciação nas alturas do teto, com um rebaixo de gesso, também é sinal de mudança funcional de espaço.
- Cortinas não são as soluções mais práticas e tampouco indicadas para dividir ambientes, pois juntam pó e funcionam como uma barreira para a luminosidade. “Prefira sistemas de fechamento que não roubam espaço, como portas de correr, de vidro temperado e com esquadrias que passam pelo piso e pelo forro, ligadas a roldanas - você as abre e fecha como uma porta sanfona”. As folhas da porta se recolhem e ficam dobradas, ocupando menos espaço.
- O biombo é a peça mais tradicional para dividir espaços. É retrátil, elemento decorativo e, por não ser fixo no chão nem no forro, pode ser arrastado para qualquer canto do cômodo. A maior parte dos biombos encontrados no mercado são de madeira ou desenhados; há também em tecidos e ferro. “Antigamente usava-se muito como trocador, nos quartos, o biombo com trama diagonal de madeira”.
- Quem optou pelo estilo japonês na decoração da casa, não deve dispensar esse elemento: há biombos de estampas com temas naturais, geralmente com predominância das cores branca, vermelha e preta. “No Japão é usado o biombo com vegetação de verdade, como trepadeiras. Aliás, o uso de folhagens, em vasos que ficam no chão ou suspensos, pode servir como divisória de ambientes”, indica o coordenador.
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A estante vazada de Nido Campolongo trouxe mais charme e privacidade a um imóvel tipo studio. |
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Plantas em vasos ou suspensas também fazem as vezes de divisórias, só que naturais. |
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Móveis ajudam na divisão de ambientes. Um sofá pode ser o limite entre a sala de estar e a de jantar. |
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Neste caso, o decorador também fez uso de um aparador para demarcar os diferentes ambientes. |
Escola Panamericana de Artes
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