Habitado pela arquiteta carioca Alexandra Albuquerque, este quarto-sala no centro de São Paulo tem espaço para tudo – tudo o que couber na imaginação da moradora
Texto Mariana Mello Moraes
Realização Nuria Uliana
Fotos Edu Castello
Quando decidiu se mudar do Rio de Janeiro para São Paulo, a arquiteta Alexandra Albuquerque tinha poucas definições sobre o futuro. Uma delas, porém, era certa: morar no copan. Assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o famoso prédio de curvas sinuosas, localizado no centro da cidade, é um dos mais emblemáticos símbolos paulistanos. Pelos 35 andares do condomínio, há mais de mil apartamentos, de diversos tamanhos e plantas, divididos em seis blocos. Pois foi no vigésimo sexto andar que Alexandra, carioca de pais nordestinos, decidiu montar sua casinha. Casinha mesmo: são apenas 28 m², com quarto que também é sala, cozinha e banheiro.
Com a ajuda do amigo e designer de interiores Gabriel Valdivieso, Alexandra criou um espaço que tem muito a dizer. o papel de parede floral, por exemplo, sinaliza ser este um lar de menina. Garimpados em antiquários, os móveis prestam homenagens ao passado. Rendas, fuxicos e a rede de algodão, presa perto da janela, têm sotaque nordestino – os pais da arquiteta, João e Sonia, vieram do interior de Pernambuco. Desafiado a palpitar na decoração deste espaço tão pequeno, Gabriel adotou como ponto de partida o formato retangular do imóvel. “Para darmos unidade visual, a pintura da parede e a cortina foram feitas idênticas: metade amarela, metade branca.” Para Alexandra, tão bom quanto morar no copan é achar espaço, em 28 m², para seus badulaques de a a Z. “Sou muito cacarequenta”, conta, assumidamente, a moça.
Na quitinete de Alexandra, não há sofá. Amigos, quando a visitam, sentam-se na rede, na cama ou na poltrona de vime. Feitas pela mãe da moradora, as almofadas de crochê combinam-se com a colcha de renda, trazida do nordeste. Sobre o papel de parede daTok & Stok, quadro de Isabelle Tuchband |
Na falta do criado-mudo tradicional, Alexandra comprou uma cadeira antiga de madeira e pintou-a com tinta esmalte. Preso na cabeceira, balangandã de metal. Na parede, desenho do Pão de açúcar feito pela moradora |
Cômoda de caviúna comprada em antiquário. Pratos de porcelana trazidos de viagens enfeitam a parede |
O carrinho de chá funciona como móvel para a TV e bar. Repare na cortina e na meia parede: por serem da mesma cor, o resultado é a unidade visual |
Fonte: Casa e Jardim
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FONES: (031)- 30373971 / 85171778 - atendimento@rosaclaropersianas.com
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