A decoradora Maria Olsson Nylander abre a sua casa cheia de peças garimpadas em leilões e mercados
Maria na cozinha aberta
Encontrar uma casa e viver ali por muito tempo parecia uma ideia distante para a decoradora Maria Olsson Nylander.
Inquieta, ela comprou, reformou e mudou de imóvel por quatro vezes nos
últimos oito anos. Sempre ao lado do marido, o ex-DJ e empreiteiro
William, e dos três filhos que foram nascendo durante a “jornada”:
Vidar, 8 anos, Otto, 6 anos, e Ingrid, 2 anos. Mas a vida da família globetrotter se estabeleceu, por acaso, há dois anos. Em uma de suas constantes viagens a trabalho, Maria se deparou com uma casa parcialmente destruída
— mas superbem localizada, em uma colina sob o mar — em Arild, uma
cidade com menos de mil habitantes no sul da Suécia, país em que nasceu.
“Comecei a sentir falta de calma para criar as crianças”,
diz Maria. “Arild tem essa tranquilidade, mas também é muito charmosa.”
Apesar de estar próximo à praia, o imóvel se assemelhava a uma casa de
campo, com estrutura de madeira escura, janelas pequenas e espaços
compartimentados. Além disso, as instalações elétricas e hidráulicas
estavam bastante comprometidas e muitas das portas haviam sido
consumidas por cupins. Como adora um desafio, Maria viu nesses problemas uma oportunidade para criar um verdadeiro “laboratório” de design,
em que pudesse testar todas as combinações e ideias de décor que lhe
agradam. A prioridade, na nova casa, foi valorizar a luz. Uma dezena de
paredes foi derrubada, as janelas cresceram de tamanho e os pisos e
paredes foram pintados de branco, formando uma “base neutra” para que o
casal pudesse criar.
A cozinha foi integrada à sala de
estar e ganhou armários e luminárias de aço, com um quê industrial, que
fazem contraponto à cristaleira de demolição e a um castiçal de cristal.
O pé direito cresceu: o casal optou por remover a laje e deixar
aparentes as tábuas de madeira do teto, que estruturam a casa e também
foram pintadas de branco. Na sala e nos quartos, foram
instalados armários antigos com acabamento em pátina. Esses tons claros
deixaram Maria à vontade para fazer o que mais gosta: mudar
permanentemente. “Meu sonho é trocar os móveis todos os meses”, diz ela. “Adoro descobrir e inventar novas formas de decorar.”
Na sala de estar, os tons neutros predominam, com exceção do sofá e das almofadas
Cadeiras assinadas por Charles e Ray Eames
A casa, que era escura e fechada, ganhou janelões e espaços amplos, sem paredes
Algumas
peças, entretanto, costumam permanecer, já que foram garimpadas em
viagens pelo mundo e se tornaram queridinhas do casal. Na sala de
jantar, por exemplo, a mesa foi adquirida em um hotel de Alexandria, no
Egito. Em volta dela, estão as cadeiras DSR, criadas em 1950 pelos
americanos Charles e Ray Eames, dois dos principais designers de móveis
do século 20. Foram arrematadas em um leilão. Os espelhos vieram de um
mercado de pulgas em Paris, o Clignancourt, e custaram pouquíssimo.
Assim como a pesada escultura em pedra, no formato de um rosto, que fica
no chão. “É um de meus objetos preferidos da casa”, diz Maria.
“Encontrei na internet.”
A sala de estar tem objetos com
acabamento em tecidos delicados, como as almofadas de veludo e o sofá de
linho, aliados a cores fortes como laranja, azul klein e bordô. A mesa
de centro, um antigo carrinho de ferro, foi reformada pelos
proprietários e ganhou um tampo de vidro — ela fica sob um tapete de lã
vindo do Marrocos.
O armário de madeira que fica ao
fundo, utilizado para guardar a louça, é do início do século passado e
foi encontrado em uma fazenda da Provença. Mas o lugar preferido de
Maria é mesmo seu escritório particular. “É onde gosto de me isolar de
vez em quando”, conta. É sob a mesa de madeira de demolição, adornada
por cadeiras supermodernas de acrílico, que ela passa as tardes criando
para clientes em toda a Europa. Nas paredes, dezenas de fotos de sua
família e de mulheres anônimas do mundo inteiro. “Os retratos delas me
inspiram.”
*com reportagem de Delphine Fromental
O espaço de leitura também faz as vezes de sala e tem vista para o mar
Fonte: Revista Marie Claire
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FONES: (031) 3037-3971 / 8517-1778 atendimento@rosaclaropersianas.com
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Lindo seu espaço forte abraço.
ResponderExcluirRenato Artesanato em MDF
Obrigada, Renato!
ResponderExcluirNos apresente o seu trabalho.
Podemos fazer um post sobre o tema.
Abs, Márcia.